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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Igrejas Fermentadas

O que fazer quando a Igreja perde a noção do que é a verdade do Evangelho, confundindo doutrinas com costumes? 
Qual é o ponto de equilíbrio entre a disciplina e a liberdade cristã?
Quais os limites da "Lei" segundo a "Graça"?
Como estabelecer limites para a liberdade na vida cristã?

PERGUNTA:
"...estou enfrentando um grande dilema pois assumi um trabalho que estava quase fechando e para honra e glória do Senhor está se levantando.
...tenho ensinado constantemente a igreja sobre o perigo de partidos na igreja, no entanto, eles não vem nos cultos de ensino...
Tenho estudado muito sobre a inveja e ensinado a igreja a seguir o amor, mas o povo não tem  esse costume pois foram ensinados num ritmo diferente,  e o ritmo (do ministério anterior) era a emoção e o barulho. Na verdade esse tipo de trabalho só mascarou as contendas e a preguiça de uma congregação que se isolou da comunidade e que prefere excluir os diferentes do que amar e discípular os que estão chegando, a impressão é que eles preferem uma igreja oca e vazia, que aceita  usos e costumes que não levam ninguém ao céu." - Pr. M...
RESPOSTA:
A paz de Cristo, irmão M....
Já estive nessa situação e, creia, é horrível.
A solução é buscar orientação de cima, do próprio Senhor. Orar e jejuar para que o Senhor saia à sua frente e desbarate essas cordas que enlançam sua congregação e te conforte e fortaleça para que desempenhe seu ministério com valor. Você mesmo disse que sua igreja está "se levantando", sinal de que ela está sendo despertada e fortalecida pelo ensino da Palavra de Deus.
Ao orar hoje por você e sua igreja, me vieram essas palavras de Jesus Cristo à minha mente e transmito aqui essa mensagem que dEle recebi:
1. Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina -Tito 2:1  - Explique pra sua Igreja a responsabilidade do Pastor perante Deus e seja testemunha viva de fidelidade à Palavra, servindo de exemplo ao rebanho. Evidencie seriedade no seu trabalho. Lembre à igreja e a você mesmo que, se de um lado o pastor é o menor na igreja, pois é o que serve a igreja (João 13:13-16), por outro ele é o maior responsável pela edificação espiritual dela e dará conta disso diante de Deus ( Hebreus 13:17)

Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil. Hebreus 13:17
Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve. Lucas 22:27

Lembre-se também do conselho de 1º Pedro 5:2-4
Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;
Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.
E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória


2. Medite nas duas parábolas abaixo, muito úteis ao momento que você está vivendo. Talvez -como na parábola abaixo- você já tenha herdado uma obra em que os antigos  obreiros dormiram e o inimigo a encheu de joio. Por outro lado devemos lembrar que o Evangelho foi adulterado através dos séculos por falsas doutrinas. O Reino do Céu na terra (igrejas) eram, ao princípio, farinha pura, trigo puro. Mas com o decorrer dos séculos a mulher (falsas igrejas) introduziram heresias de perdição (falsas doutrinas) e contaminaram o Evangelho. Por isso vemos hoje que a fé de muitos -inclusive pastores- está contaminada, porque o Evangelho não está sendo pregado de forma pura, sem heresias. Não venha você também a misturar o que é puro com o que é heresia. Tenha discernimento do Espírito e não se deixe vencer pelas falsas doutrinas que visam o crescimento da igreja, o aumento da arrecadação financeira e o uso do rebanho como massa de manobra eleitoral. Não aspire grandezas, mas humilhe-se perante o Senhor, dEle vem a exaltação. E Ele só exalta aqueles que são fiéis às sãs doutrinas.
Agora, vamos constatar essas coisas nas duas parábolas de Mt. 13:24-33 :

Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo;
Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. ***QUANDO A DIREÇÃO DA IGREJA ESTÁ DORMINDO, O DIABO ENCHE A IGREJA DE JOIO

E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio.
E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então, joio?
E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo? ***JESUS CONFIRMA QUE O DIABO É O VERDADEIRO INIMIGO DA IGREJA E TRABALHA POR ENCHÊ-LA DE JOIO

Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele. ***ARRANCANDO O JOIO PERDEMOS O TRIGO, MUITAS VEZES. SE VOCÊ REPREENDE FORTEMENTE DETERMINADA PESSOA, QUE É REALMENTE UM JOIO DENTRO DA IGREJA, SUA SAÍDA OCASIONARÁ A PERDA DE OUTRAS ALMAS, ENTRE ELAS O TRIGO. POR EXEMPLO: UM ADOLESCENTE, NA IGREJA, É UM JOIO DECLARADO, MAS SEGUE OS PAIS À IGREJA. SE O REPREENDEMOS DE FORMA DURA DEMAIS, PARA QUE ELE SAIA, SEUS PAIS (QUE SÃO TRIGO) TENDERÃO A SE AFASTAR DA OBRA TAMBÉM. EM OUTRO CASO, POR EXEMPLO, UMA IRMÃ FIEL E SINCERA SE UNE AO MARIDO QUE, COM O TEMPO, SE REVELA UM JOIO ATRAPALHANDO A OBRA. SE ELE FOR REPREENDIDO ASPERAMENTE E SAI DA IGREJA VAI, LOGICAMENTE, TENTAR TIRÁ-LA TAMBÉM.

Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro. *** ESSE É O CONSELHO GERAL DE JESUS SOBRE A QUESTÃO DO JOIO. DEVEMOS ORAR E VIGIAR PARA QUE O INIMIGO NÃO O COLOQUE NA IGREJA. MAS, DEPOIS QUE ELE SE ENRAIZOU, REMOVÊ-LO PODE SIGNIFICAR A PERDA DO TRIGO. SIGA ENSINANDO O EVANGELHO COMO ELE É, RESSALTANDO À IGREJA QUE AS PROMESSAS DE DEUS PODEM SER INVALIDADAS PELA QUALIDADE DA FÉ E QUE NO CÉU NÃO ENTRARÃO CRENTES MENTIROSOS, INTRIGUENTOS E FEITICEIROS. SOBRE ISSO LEIA ESSA MENSAGEM EXPLICATIVA: CÉU PRA VOCÊ? !

Outra parábola lhes disse: O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado. 
***O fermento representa  falsas doutrinas, heresias e pecados, enquanto a farinha é a igreja. Essas palavras nos ensinam que a igreja primitiva começou realmente limpa e sem nenhum pecado. Mas esse estado de pureza foi sendo adulterado através dos séculos pela ação da mulher (falsas religiões, notadamente o catolicismo), que trabalhou e trabalha por "fermentar" a pureza da massa através de falsas doutrinas. Alguns desses fermentos são muito conhecidos das igrejas: o ecumenismo, a Teologia da Prosperidade, entre outras.

Casos semelhantes
Durante meu ministério vi ou ouvi falar de alguns casos de pastores que passaram situações como a sua. Um deles escolheu falar a verdade do Evangelho no púlpito, rasgando o verbo e mostrando o caminho estreito. A pregação era dura e ele mesmo tratou de tornar o caminho mais estreito ainda. Resultado: muitos saíram e a igreja esvaziou, ficando apenas o trigo e ele alcançou o que queria.
Num segundo caso, o pastor também decidiu ensinar a verdade do Evangelho. Resultado: a igreja se reuniu e pediu a troca do pastor. E a igreja prevaleceu e o pastor foi transferido pela cúpula da igreja.
Num terceiro caso o pastor, que insistia em ensinar as Escrituras Sagradas sem as heresias modernas, de bom testemunho e conduta exemplar, foi chamado à capital. Ali a direção da Igreja advertiu-o a não pregar doutrinas ou mensagens duras, mas somente as boas palavras, para que a igreja crescesse. Entregaram a ele uma cartilha e o lembraram das principais doutrinas que a denominação havia estabelecido para todos os pastores. Também foi orientado a não repreender os erros da igreja e nem chamar a atenção de alguém, mesmo que em particular. Resultado: ele continuou pregando como convém e, por isso, foi excluído pela direção de sua denominação. Sua esposa me procurou e me disse que seu marido estava caído e prostrado, sentindo-se  reprovado por Deus, embora que excluído por uma direção apóstata. Eu lhe respondi que não, mas que ele estava pagando o preço por manter no púlpito o Evangelho genuíno da Graça de Deus, que é acompanhado de muitas advertências ao rebanho, para que não perca essas promessas. Afinal, todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições. 2 Timóteo 3:12. Nunca mais soube notícias dele e não sei se se levantou e continuou na presença de Deus, mesmo que sozinho. É, meu irmão, muitos seguiram a fé sózinhos e reprovados por todos ao seu redor.

Sobre doutrinas
Devo lembrá-lo que muitas doutrinas bíblicas são propositalmente torcidas pelas cúpulas de algumas denominações, para  fins escusos. Aprenda a identificar essas falsas doutrinas e a rejeitá-las, lançando sobre elas a luz da Palavra de Deus. Não misture alhos com bugalhos. Sobre isso, leia essa passagem profética de 2º Pedro 2:1-3, que se cumpre em nossos dias:  "E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores (pastores e teólogos), que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.

3. A lição da Igreja rebelde de Moisés no deserto
Sempre me lembro da realidade da igreja de Moisés no deserto e faço aqui uma pergunta:
O que seria de Moisés se Deus lhe revelasse que, dos cerca de dois milhões de pessoas que saíram com ele da escravidão do Egito, apenas entrariam na terra prometida Josué e Calebe e alguns poucos obedientes??? Por certo ele desanimaria e ficaria prostrado. Toda aquela geração contumaz e rebelde estava condenada à morte no deserto logo de início, por não obedeceram à voz de Deus. Pra que, então, continuar guiando um povo que já estava reprovado por sua rebeldia? A resposta é que, embora reprovados, seus filhos, que deles nasceriam no deserto, não seriam rebeldes como eles, e entrariam na terra prometida. Correto? Então temos esperança. Se os membros da sua igreja são como a igreja de Moisés no deserto não herdarão as promessas. Mas quem sabe seus filhos, que estão crescendo na igreja ouvindo o Evangelho e aprendendo e obedecendo à Palavra de Deus, é que herdarão. Então, não desanime.
...todos os homens que viram a minha glória e os meus sinais, que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram à minha voz, Não verão a terra de que a seus pais jurei, e nenhum daqueles que me provocaram a verá. Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o levarei à terra em que entrou, e a sua descendência a possuirá em herança. - Nm. 14:22-24

Neste deserto cairão os vossos cadáveres, como também todos os que de vós foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmurastes;
Não entrareis na terra, pela qual levantei a minha mão que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.
Mas os vossos filhos, de que dizeis: Por presa serão, porei nela; e eles conhecerão a terra que vós desprezastes.
Porém, quanto a vós, os vossos cadáveres cairão neste deserto.
E vossos filhos pastorearão neste deserto quarenta anos, e levarão sobre si as vossas infidelidades, até que os vossos cadáveres se consumam neste deserto.
Segundo o número dos dias em que espiastes esta terra, quarenta dias, cada dia representando um ano, levareis sobre vós as vossas iniqüidades quarenta anos, e conhecereis o meu afastamento.
Eu, o SENHOR, falei; assim farei a toda esta má congregação, que se levantou contra mim; neste deserto se consumirão, e aí falecerão. Nm. 14:29-35

4. Olhe que ninguém tome sua coroa.
Sim: Vigie sempre e em oração. Mesmo que sua congregação insista nessa fé superficial e hipócrita, vele por você mesmo, para que não caia. Essa  situação de conflito entre a verdade e a mentira geralmente leva uma das partes a se render à outra. Espero que você escolha permanecer fiel ao Senhor Jesus Cristo e Sua Palavra, mesmo que isso lhe custe um alto preço. Não abra mão disso, de ser fiel às escrituras e aos fundamentos do Evangelho.

5. Em suma, a melhor solução para o seu caso e para todos os casos em geral é a Palavra dada por Jesus Cristo em Mateus 13:30:
Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro
*** ESSE É O CONSELHO DE JESUS QUE, CREIO, É ONDE SEU CASO MAIS SE ENQUADRA. SIGA ENSINANDO O EVANGELHO COMO ELE É, RESSALTANDO À IGREJA QUE AS PROMESSAS DE DEUS PODEM SER INVALIDADAS PELA QUALIDADE DA FÉ E QUE NO CÉU NÃO ENTRARÃO CRENTES MENTIROSOS, INTRIGUENTOS E FEITICEIROS (crentes feiticeiros que costumam amaldiçoar ao invés de abençoar, pedindo que Jesus "pese" a mão sobre seus inimigos e os persiga).  FAZENDO ISSO NENHUM TRIGO SERÁ PERDIDO E A RESPONSABILIDADE PELA EXCLUSÃO DOS MEMBROS FICARÁ POR CONTA DE JESUS CRISTO NO DIA DO ARREBATAMENTO. É ISSO: O JOIO NÃO SUBIRÁ NO ARREBATAMENTO E NEM HERDARÁ A SALVAÇÃO SE MORRER DESALINHADO COM A PALAVRA DE DEUS. É MELHOR ASSIM, POIS NÃO CORREMOS O RISCO DE PERDER ALMAS, AINDA QUE SEM QUERER OU POR ENGANO. AFINAL, SÓ JESUS CRISTO  É QUEM SABE REALMENTE QUAIS SÃO JOIO, NÃO É MESMO? NÃO DEIXE DE LER ESSA MENSAGEM EXPLICATIVA: CÉU PRA VOCÊ? !
Também não se esqueça do conselho do apóstolo Paulo ao pastor Timóteo:
Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem. 1 Timóteo 4:16

A Posição doutrinária correta do pastor
O irmão está corretíssimo em "salientar que os costumes humanos não impendem a salvação dos membros e explicar também que ao declarar que não julgo as pessoas por suas roupas não estou abrindo mão dos costumes da denominação que pertenço " e que  você só quer  "ensinar que durante muito tempo colocamos um fardo pesado nas irmãs da igreja e que hoje não há como sustentarmos este ensino que não tem base na Bíblia e salientar sobre a questão dos exageros que alguém possa fazer, deixar claro que isso cabe ao pastor falar e aconselhar os que estiverem abusando de nossa liberdade em Cristo". Se todos os ministros entendessem isso, trabalhariam com mais clareza para a edificação da igreja, derrubando por terra todas essas contendas e questões que surgem, muitas vezes, por coisas bôbas, ficando todos os excesso cometidos contra a "liberdade em Cristo" sob a responsabilidade do Pastor. Devo aqui fazer restrições, pois algumas igrejas tem sido liberais demais no trajo, a ponto de alguns membros congregaram usando calções, shorts e minissaias. Isso em alguém que está visitando a igreja deve ser tolerado. Mas em membros já batizados é totalmente inconveniente. É consenso no mundo julgar as pessoas pela aparência, por isso o crente deve evitar uma aparência de "gente do mundo". Isso não é conveniente na casa de Deus e pode prejudicar a obra, indicando falta de orientação, pois tudo tem seus limites. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu. Romanos 14:15. E pela tua ciência perecerá o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. 1 Coríntios 8:11.
Mas as escolhas doutrinárias ficam no campo da responsabilidade pessoal de cada pastor,  que dará conta de tudo perante o Senhor.

Legalismo na Igreja
A questão dos legalistas na igreja é um problema sério. Só mesmo Deus para iluminá-los, afastando as trevas.
No entanto é preciso cautela para não bater de frente e, com isso,  prejudicar a fé daqueles que foram criados nesse sistema, mas que também foram chamados. Não é hipocrisia mas prudência. Ninguém traz na testa a marca da salvação. 

O que é Legalismo: O Legalismo é "todo o sistema, regras, expectativas ou regulamentos que condicionam a salvação ao esforço humano de agradar a Deus, como uma recompensa por desempenho. O Legalismo é o meio humano de tentar através da obediência de regras de homens, ser aceito e amado por Deus, anulando a Graça misericordiosa." , ensina Moisés Almeida. Alguns definem o legalismo como algo extremamente negativo, pois eles deixam  -em tese- de se justificar pelo sangue de Cristo e passam a se justificar pelas suas obras. Há também os que  se opõem ao legalismo afirmando que a salvação é somente pela Graça, estimulando abusos e um comportamento desleixado, que não convém.  Se os defensores do legalismo querem se justificar por regras criadas por homens estão, obviamente, errados.  Mas afirmar que a graça sem obediência às doutrinas bíblicas pode salvar é uma grande mentira.  A justificação é pela Graça em obediência às doutrinas bíblicas:  Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. 1 João 1:7 A graça é eficaz quando aliada à obediência às doutrinas do Evangelho. Entretanto a graça aliada a obediência a mandamentos de homens também é inútil.
O esforço humano para obedecer as doutrinas bíblicas e andar no caminho estreito
Por outro lado a Graça de Deus já nos foi dada na Cruz e nossa  salvação ficou condicionada, apenas, à nossa permanência no caminho estreito, previsto e delimitado pelas doutrinas bíblicas,  e esse é o nosso esforço humano que devemos fazer para agradar a Deus. Nesse ponto a salvação depende de nosso comportamento e obediência, sim.  Mas de comportamento e obediência às regras e doutrinas bíblicas, não a regras estabelecidas por homens, sem fundamento bíblico. Note que Deus já fez sua parte, dando-nos gratuitamente seu perdão (a Graça divina, a custo do sangue de Jesus), mas cabe a nós fazer a nossa parte não desviando nem para a direita, nem para a esquerda. Vemos, então, que a Graça já foi dada e que Deus já fez sua parte e, agora, aguarda que andemos nos seus caminhos como dizia Jesus: agora vá e não peques mais!. E, que nossas obram nos seguem para dar testemunho de nosso comportamento é um fato descrito na Bíblia: E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam. Apocalipse 14:13 
Concluímos, então, que nossas obras tem um objetivo e esse objetivo é externar a obediência  de cada um de nós à Palavra aqui na terra, pois quem não é obediente à Palavra aqui também não o será no Céu. E Deus não quer mais ninguém desobediente lá. Já basta os anjos rebeldes colocados pra fora, e outros quererão ocupar seus lugares? Ficarão de fora...com certeza.
A escada de Jacó
Lembre-se disso:  a igreja é um corpo em crescimento na fé, como na mensagem da "escada de Jacó". Às vezes alguém está lá no último degrau da fé, toma um tombo e vai parar lá em baixo. Ao mesmo tempo, um legalista, que estava lá no primeiro degrau subiu e chegou ao topo. Por isso a cautela é a palavra de ordem. No legalismo o crente se justifica até pelas aparências: pelo seu terno, por sua roupa alinhada, pela sua prosperidade, pela sua posição social, pelo seu cargo, pela saia comprida ou pelos cabelos longos, porque não bebo guaraná e não assisto TV (embora realmente quase nada há que se aproveite nela). Ao fazer isso agimos exatamente como os incrédulos, que vivem se "medindo" uns aos outros, querendo ser mais que os outros, quando somos iguais perante Deus. Devemos aprender a lição de  Colossenses 2:20-23: "Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne."  
O "legalismo" como mandamentos de homens
Jesus Cristo identificou o legalismo como mandamentos de homens. São doutrinas que saíram da mente humana e não da sabedoria de Deus. O legalismo é obstáculo na vida cristã sadia e nos impede de honrar a Cristo pela obediência ao Evangelho para reter e obedecer tradições de homens (veja Marcos 7:7-8). Nesse ponto o legalismo se torna motivo de queda espiritual, pois é o mesmo que:
1. honrar a sabedoria terrena para desonrar a verdade de Deus, como os ateus fazem;
2. transformar a mentira em verdade e
3. servir mais à criatura que ao Criador. (leia Romanos 1:25)
O discernimento é essencial para identificarmos o legalismo, sendo quase impossível que não surjam divergências de opinião sobre alguns pontos. 
Regras gerais para o legalismo
Regras muito importantes foram descritas pelo apóstolo Paulo e nos servem de orientação sobre o tema, dando condições de estabelecermos, nós mesmos, limites à nossa liberdade cristã, para que tenhamos o maior proveito possível no convívio cristão diário e no trabalho evangelístico:
1. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam. 1 Coríntios 10:23 
2. Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize. - 1 Coríntios 8:13    - aqui o apóstolo nos ensina a evitar que algum irmão "legalista" sofra algum prejuízo na fé por nossa causa, nos incentivando a tomar cuidado para não ofender irmãos mais fracos. Nesse ponto, fica claro que o legalista necessita de crescimento e fortalecimento espiritual e, nessa fase, ele facilmente se escandaliza por causa de qualquer comportamento que considere reprovável. 
E, finalmente,  a mais importante e esclarecedora de todas:                                                       
3. Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça. Romanos 14:21
Conselhos de Paulo em relação ao legalismo
A seguir Paulo dedica um capítulo inteiro a aconselhar o companheirismo e a paciência na questão dos legalistas. Aqueles que tem um maior crescimento espiritual devem suportar os discípulos do legalismo, considerados pelo apóstolo como  enfermos na fé. Podemos contribuir para o seu esclarecimento, mas não devemos contender, nem desprezá-los ou julgá-los, pois Cristo morreu também por eles. (Rm. 14:145) Sigamos - sempre -, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros, Rm. 14:19. Veja:

Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas.
Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes.
O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu.
Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.
Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.
Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.
Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si.
Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.
Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.
Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo.
Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus.
De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.
Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.
Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.
Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu.
Não seja, pois, blasfemado o vosso bem;
Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
Porque quem nisto serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens.
Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.
Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo.
Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.
Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. - Rm. 14:1-22
O Legalismo Eclesiástico e  O Legalismo Mosaico
O legalismo possui vertentes que atuam juntas ou separadas, mas sempre causando problemas doutrinários. Para identificar essas vertentes precisamos recorrer à sua definição imparcial. Segundo o Dic. Aurélio, o legalismo prescreve a estrita obediência à lei e o respeito às instituições. Aplicando essa definição no campo teológico, temos que os legalistas são aqueles que pregam total obediência à lei e às instituições eclesiásticas como condição sem a qual não temos a salvação. Com essa definição ficam evidenciadas duas vertentes: uma que segue pregando obediência à lei enquanto a outra prega obediência às autoridades eclesiásticas, tendo os casos em que ambas as vertentes atuam em conjunto, se unindo para produzir um legalismo mosaico-eclesiástico dentro da igreja cristã.

Para os adeptos do legalismo mosaico a salvação depende da obediência às regras da lei, como guardar o sábado ou a circuncisão, por exemplo. Já os seguidores do legalismo eclesiástico, impõem ao rebanho ordenanças estabelecidas pelas suas próprias autoridades, levando-os a pensar que a desobediência poderá prejudicar ou, até mesmo, custar a própria salvação. No legalismo mosaico-eclesiástico há adoção dos dois princípios. Somam os princípios da lei aos princípios eclesiásticos, gerando um outro evangelho, o qual não é outro mas que quer vos inquietar e  transtornar o evangelho de Cristo. Gálatas 1:7. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Gálatas 1:8

O legalismo eclesiástico
O legalismo eclesiástico é por vezes usado nas denominações como instrumento capaz de colocar as ovelhas em jugo de servidão e escravidão. Impotentes e sem discernimento, acabam  caindo da graça e se justificando por regras e mandamentos estabelecidos pelos homens em desobediência às ordenanças do Novo Testamento.

O Legalismo Mosaico
No legalismo mosaico a igreja é levada a crer que a obediência a regras da lei não somente é necessária como, até mesmo,  indispensável à salvação cristã. É quase o mesmo que retroceder aos tempos do judaismo. Todavia a lei, mesmo que impotente para a salvação, tem eficácia para delimitar e caracterizar o pecado. Paulo é esclarecedor quando, em Gálatas, afirma que, pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá  da fé. E a lei não é da fé, é das obras. E sentencia que todos quantos se justificam pelas obras da lei ainda estão debaixo de maldição se não cumprirem tudo que a lei determina. - Gálatas 3:10. E, como não há homem que viva e nunca peque, quem escolhe se justificar pela Lei, como no Judaismo, perde seu tempo, pois estará sempre em estado de pecado. Só sairá dessa condição pelo arrependimento reconhecendo seu fracasso em ser  usto perante Deus através de suas próprias obras e declarando sua necessidade de alcançar a graça, o perdão e a misericórdia divinos através do sangue de Cristo. É isso que aciona o dispositivo da salvação, trazendo os benefícios do perdão e da Graça divinos sobre o pecador e limpando-o de toda transgressão.
O Tribunal de Cristo
Depois que o pecador se coloca debaixo da Graça, todos os bons costumes e boas obras contribuem para seu aperfeiçoamento, enquanto que as más também os seguem e, no tribunal de Cristo, tudo será avaliado para confirmar ou não a salvação, estabelecendo o direito à pedra branca e com ela um novo nome ou gerando a reprovação, caracterizada pela pedra negra, Apocalipse 2:17.
Vimos,com isso, que a lei é nosso aio, nosso professor, que nos ensina tudo o que é justo e bom. Enfim, a lei serviu de aio até a vinda de Cristo para que, pela fé, fôssemos justificados, Gálatas 3:24

Graça X Obras da lei

Entre justificação pela Graça e pelas Obras, Paulo deixa claro que a lei é, em si mesma, ineficaz para salvação. Mas a lei é boa, santa e justa, pois ensina diretrizes de paz, justiça e convivência social. Muito embora não tenha eficácia salvadora, a lei destina-se a evidenciar em nós a consciência do pecado.

O apóstolo Paulo foi vítima do legalismo mosaico
O apóstolo Paulo teve revelação suficiente de Deus para compreender corretamento o Evangelho, desvencilhando-se das regras estabelecidas na lei de Moisés. Por esse motivo sofreu perseguições no decorrer de toda sua vida, exatamente como acontece hoje com muitos de nós, quando compreendemos o que ele compreendeu. Em gálatas 2:4-5 Paulo conta sobre a ocasião em que falsos irmãos usaram dos meios de espionagem para verificar e Tito era circuncidado ou não. Viram que Tito não tinha o sinal da circuncisão, o que era algo complemente reprovável dentro dos padrões da lei mosaica, e denunciava alguém que não seguia a lei de Moisés. Usaram esse artifício para denegrir a importância e a autoridade do apostolado de Paulo  e causar divisão na igreja primitiva, seguidora do Evangelho. A atitude tomada por Paulo foi rejeitar a sujeição à lei mosaica, para que a verdade do evangelho permanecesse na igreja. E Paulo venceu as investidas da lei mosaica, mantendo a igreja do Novo Testamento separada das doutrinas do antigo pacto.

A responsabilidade pessoal em relação ao legalismo mosaico
O cristão que busca a verdade do Evangelho em sua vida, deve rejeitar a justificação pelas obras da lei mosaica, como fez Paulo, para que a verdade do evangelho permaneça em nós.

A Queda espiritual causada pelo legalismo
O resultado de toda essa inversão de valores é a queda espiritual: Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído. Gálatas 5:4  E, assim, o legalismo  derruba muitos da graça, fazendo-os adotar as regras de justificação estabelecidas pela lei, pelas obras da lei ou pelas autoridades eclaesiásticas.

Os Erros do legalismo
Seus adeptos se esquecem que o pacto da lei e os profetas duraram até João Batista;que desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele, - Lucas 16:16. Devemos compreender a exata importância da lei: mostrar o certo e o errado, o que agrada e desagrada a Deus. Porém, a justificação sempre foi pela graça, nunca pela obediência à lei e, menos ainda, por obediência a mandamentos de homens.
O legalismo erra não somente porque coloca a justificação pelas obras (obediência à lei e/ou regras eclaesiásticas) acima da Graça, que é a justificação pelo sangue de Cristo, mas principalmente porque coloca meros mandamentos de homens acima dos mandamentos de Deus estabelecidos no pacto da Nova Aliança. Colocando os mandamentos de homens acima dos ensinos do Evangelho, os legalistas invalidam a doutrina da salvação pela Graça e pela obediência à Palavra de Deus.
E, nesse sentido, o legalismo se coloca em posição de heresia e falsa doutrina, capaz de corroer e destruir a igreja que Cristo comprou com seu próprio sangue. Todo o sacrifício de Jesus é invalidado por uma corrente de pensamentos hereges que colocam mandamentos de homens acima da Graça e da obediência ao Evangelho de Cristo.
O legalismo também peca por dar aparência de doutrina bíblica do Novo Testamento às regras da lei mosaica e/ou às regras estabelecidas pelas autoridades eclesiásticas, valorizando-as acima dos princípios estabelecidos pela nova Aliança, o Novo Testamento.

Os Efeitos Nocivos do Legalismo
Podemos concluir que o legalismo tem efeito negativo na vida cristã e é o principal responsável pelas divergências e contendas entre irmãos e entre denominações. É  fermento levedando toda a massa.

Veja também como as coisas podem mudar com o tempo, como no caso dos samaritanos. Em Lucas 9:51-56 eles não quiseram hospedar Jesus. Já em João 4, a mulher samaritana recebe o testemunho de Jesus e entra em Samaria testemunhando e evangelizando-a (João 4:28-30). O resultado desse testemunho foi que muitos creram em Cristo pela palavra da mulher samaritana (João 4:39-42). Fica claro que algo aconteceu no coração deles. Num momento não receberam o próprio Senhor Jesus Cristo e, no outro, se converteram de todo o coração pelo testemunho da mulher samaritana. Se Jesus Cristo tivesse dado ouvidos à palavra dos apóstolos em Lucas 9:51-56, teria mandado descer fogo dos céus e destruir Samaria. Contudo ele lhes observou: o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. E foram para outra aldeia. Lucas 9:56 E, assim, Jesus deu um tempo para eles. Eles não seriam evangelizados pela pregação de Jesus, mas pelo testemunho da mulher samaritana. Isso não é maravilhoso?

A igreja é um corpo sendo moldado pelo Espírito e pela Palavra. Todos podemos mudar para melhor. Nesse ponto, não devemos agir precipitadamente. Afinal está escrito que "nem todos vós sejam mestres". Muitos na igreja serão salvos sem jamais entenderem nada sobre teologia e legalismo.
Faça sua parte, ensinando e doutrinando, sem, contudo, exigir mudança imediata ou insinuando que estariam condenados. Não somos juízes. Vá semeando a Palavra e deixe o Espírito Santo agir. Paciência é a Palavra de ordem. Nada acontece no vapt-vupt. As pessoas precisam de tempo para meditar sobre tudo que ouvem. Dê esse tempo à sua Igreja.
Reserve um dia específico da semana para o culto de doutrina e use-o para despertar os membros sobre nossos deveres e responsabilidades como cristãos.
No mais, entrega os teus cuidados ao Senhor, que em tudo Ele te dará sabedoria. Faça tudo com ordem e decência e dê tempo ao tempo para que a Palavra de Deus trabalhe e produza feitos.
Dura responsabilidade está sobre seus ombros, mas você tem condições de prevalecer. Sê forte,
...deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, Hebreus 12:1


Deixo também esses versículos para meditação:
Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina o justo e ele aumentará em doutrina. Provérbios 9:9   
*** UMA IGREJA COM MUITO JOIO FATALMENTE TERÁ POUCO CRESCIMENTO. O JOIO NÃO É SÁBIO. É CARNAL, VENDIDO PELO PECADO. ATRAPALHA O CRESCIMENTO DO TRIGO. É COMO O MATO QUE IMPEDE O CRESCIMENTO DA LAVOURA. SÓ O TRIGO CRESCE COM A PREGAÇÃO DO EVANGELHO GENUÍNO, ENQUANTO O MATO ATRAPALHA ESSE CRESCIMENTO. O JOIO SE ENTRELAÇA AO TRIGO E O PRENDE PARA QUE NÃO CRESÇA. ENTRETANTO DEVEMOS RESSALTAR QUE OS FRACOS E ENFERMOS NA FÉ NÃO PERTENCEM, NECESSARIAMENTE,  À CLASSE DO JOIO. POR OUTRO LADO DEVEMOS SEMPRE LEMBRAR QUE  A QUESTÃO DO JOIO SERÁ DECIDIDA PELO SENHOR JESUS CRISTO. NÃO CABE A NÓS DECIDIR E JULGAR ENTRE JOIO, LEGALISTAS, ENFERMOS E FRACOS NA FÉ. SE NÃO QUEREMOS JOIO NA IGREJA DEVEMOS ORAR E VIGIAR, PARA QUE O INIMIGO NÃO OS SEMEIE. NO ENTANTO, MUITOS PREFEREM AINDA UMA IGREJA CHEIA, MESMO QUE SEJA SÓ DE JOIO. FATALMENTE  PERDERÃO TODO O SEU TRABALHO.

O ponto de equilíbrio entre disciplina e liberdade cristã  - O ponto de equilíbrio entre disciplina e liberdade cristã está em saber exatamente o que nos é lícito fazer (nossos direitos, deveres e reponsabilidades),  traçando os limites e estabelecendo em nossa vida uma conduta ilibada e exemplar, ao mesmo tempo em que trabalhamos pelo bem geral, amando e respeitando os fracos e os enfermos na fé e seguindo a paz com todos, não fazendo coisas em que o irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça, mas somente as que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros, visto que todos seremos julgados pelo Senhor.
O ponto de equilíbrio entre regras e doutrinas bíblicas e usos e costumes
Discernir entre regras e doutrinas bíblicas e usos e costumes não é tarefa das mais fáceis, mas necessária para que possamos separar o que edifica e o que é inútil. Obediência às regras e doutrinas bíblicas é essencial ao crescimento espiritual, enquanto que a obediência a usos e costumes nada aproveitam ou ajudam em prol da nossa salvação. Aliás, como disse Jesus, mandamentos de homens só fazem com que deixemos o mandamento de Deus para reter a tradição dos homens.
Que essa mensagem seja abençoada e dirigida por Cristo para a edificação da Sua Igreja.
Deus resplandeça sobre ti a luz do Seu rosto e te dê a paz.
Do irmão em Cristo,




Pr. Wagner Cipriano

Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.

NOTA DO AUTOR: Não pretendemos padronizar o regimento interno das denominações, mas lançar luz sobre o legalismo nas igrejas. Como o assunto é ainda tratado de forma superficial, cada pastor tem que aprender na raça sobre como estabelecer limites e freios para sua congregação. O resultado evidente é que cada igreja cria uma liturgia própria e, quase sempre, o costume acaba sendo tratado como doutrina. E o costume não pode ganhar o status de doutrina, como afirma o pastor Antonio Gilberto, em seu tratado sobre a escola dominical: boas doutrinas geram bons costumes, porém costumes não geram doutrinas. O resultado poderá ser uma grande quantidade de regras do tipo "não toques, não proves, não manuseies" - Colossenses 2:21
Não devemos esquecer que a diversidade cultural e denominacional em nosso país também é um fator que dificulta a transparência no relacionamento entre doutrina e costume.
Outro fator que também influencia no aumento do legalismo é a adoção de regras pelas direções da igrejas por exclusiva necessidade de delimitar e disciplinar a ação das ovelhas. Neste tipo de assunto não é hipocrisia quando as denominações estabelecem regimentos internos visando o bom andamento e organização de seus trabalhos. Por zêlo ou por excesso dele é que, muitas vezes, são criadas doutrinas legalistas baseadas em usos e costumes, mas que em tese objetivam unicamente o bem estar de todos.
Nessa questão, todos devemos encontrar o ponto de equilíbrio  na convivência com as doutrinas bíblicas e com as regras que acabamos por, conscientemente, estabelecer. O que não devemos fazer é julgar e discriminar, causando contendas e divisões que quebram a harmonia e o amor fraternal dentro das congregações e prejudicam a todos. 

Leia também:

Os limites da "Lei" segundo a "Graça"


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